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Pacto pela retomada do crescimento

15 de junho de 2015

As Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná vêm a público manifestar imensa preocupação com o momento especialmente delicado do Brasil e do Paraná. A situação política e econômica, tal como se encontra, com o aumento das taxas de juros, da energia elétrica, com as greves de servidores, desvalorização da moeda, inchaço da máquina pública e o assistencialismo público demasiado, não trazem benefícios a ninguém, muito pelo contrário, pois somos todos chamados a pagar uma conta alta demais.

No Estado do Paraná, segue-se a mesma linha de onerar a classe produtiva. Sem os devidos estímulos, garantias e reformas, há o enfraquecimento dos setores econômicos, a redução dos índices de produtividade, o sucateamento generalizado, o desemprego, a queda da arrecadação de impostos e o empobrecimento, dentro de um círculo vicioso de perdas.

A classe empresarial quer e está disposta a realizar um pacto pela retomada do crescimento junto aos governos estadual, federal e a sociedade civil organizada, a fim de fazer todos os ajustes necessários para a consolidação de um país com empresas competitivas, com remunerações e benefícios justos e com o pagamento de uma carga tributária adequada à realidade.

Porém, exige uma contrapartida justa, coerente e equilibrada por parte dos líderes públicos. Não podemos continuar tratando os sérios problemas com as mesmas receitas. A classe produtiva não suporta mais ser a única a pagar tão pesada conta pois, se para os governantes, parece fácil aplicar o aumento da carga, para o setor produtivo é vital que os gestores públicos façam os cortes e ajustes necessários na máquina pública, assim como temos que fazer em nossas empresas e famílias. É necessário que o cidadão saiba o tamanho do estado que ele quer, para evitar o empobrecimento do Brasil.

O Brasil e os brasileiros têm virtudes e talentos que não podem ser desperdiçados e ignorados em nome de projetos efêmeros e que não garantam as respostas que o País verdadeiramente precisa. A construção de uma nação, no nome e na essência, passa pelo trabalho e pela humildade em reconhecer que essa tarefa só será executada com êxito com o dedicado envolvimento de todos. As circunstâncias nos oferecem, mais uma vez, uma grande oportunidade para acertar e ela não pode, de modo algum, ser desperdiçada. Afinal, historicamente, já sabemos quais são as consequências dos vários planos anti-inflacionários já aplicados em nosso país, como na década perdida dos anos 1980.

É da dificuldade que surgem as grandes ideias e os projetos transformadores. Em vez de procurar culpados e de fomentar disputas sem vencedores, a hora se mostra ideal para a reflexão coesa, isenta e que coloque as verdadeiras necessidades nacionais como prioridade. O diálogo e o bom-senso, duas das lições mais importantes que a história nos lega, devem prevalecer, independente de ideologia política e do poder público, para que as soluções para uma das mais sérias crises nacionais sejam eficientes e duradouras. Dessa forma, evita-se que o povo brasileiro perca suas conquistas realizadas ao longo dos últimos anos.

Por fim, que valores positivos como a ética, a transparência, o respeito, a justiça e a responsabilidade prevaleçam em cada um nas relações com os outros para o desenvolvimento do nosso Estado e do nosso País.

Brasil Mostra Sua Garra
Movimento das Associações Comerciais do Paraná