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Entidades toledanas decidem próximas ações na mobilização contra o Fracking

29 de abril de 2016

Diretores da Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit) participaram de reunião do Poder Executivo e Legislativo, juntamente com o Ministério Público e outras entidades representativas do município para estabelecer ações sobre os próximos passos a serem tomados na mobilização conta o Fracking.

No encontro realizado quarta-feira (27) na prefeitura participaram o presidente da Acit, Flávio Furlan, o diretor de Responsabilidade Social e Ambiental, Glaucio Bertoglio e o gerente Marcel Sarturi.

Foram discutidos os meios de facilitar o encaminhamento da Carta Oeste/Toledo contra o Fracking para alcançar as entidades representadas em nível estadual e nacional e chegar até as bancadas do Paraná e ao Congresso Nacional para que sejam proibidas estas atividades. O encontro teve como objetivo incentivar os participantes a divulgarem a carta para suas determinadas instâncias.

Segundo o prefeito Beto Lunitti, na região oeste existem outras opções de energia que podem ser oferecidas de forma limpa e renovável.

De acordo com o diretor de Responsabilidade Social e Ambiental da Acit, Glaucio Bertoglio, a opinião das lideranças é unânime e contra a exploração de gás na modalidade fracking, na Bacia do Rio Paraná. “Nos posicionamos totalmente contra o fracking. Muitos agravantes podem surgir, não podemos correr esse risco. O Brasil tem muitos potenciais e não há a necessidade de privatizar nossos recursos naturais. Pretendemos acionar os deputados para que efetivamente sejam adotadas medidas contra isso”.
Carta Oeste/Toledo

A carta explica que o fracking poderá colocar em risco três bens essenciais. Primeiro a saúde humana; há estudos que apontam que os produtos químicos utilizados no fraturamento hidráulico são tóxicos e até cancerígenos e podem colocar em risco a vida humana. Em segundo lugar põe em risco a água. “Estamos sobre o Aquífero Guarani, que se estende por oito estados do Brasil e mais Argentina, Paraguai e Uruguai. Uma contaminação causaria problemas de grande magnitude”, explanou o auditor fiscal e responsável pela elaboração da Carta, Renato Augusto Eidt.

Em terceiro lugar foi pontuado o prejuízo que o fracking pode causar ao agronegócio, que é a principal fonte de renda na região. “O Paraná ocupa 2,3% do território brasileiro e produz quase 20% dos grãos do Brasil, além disso, 46% da agronegócio paranaense vem da pecuária. Uma contaminação pode causar prejuízos para as exportações e à economia regional e até do país. Nenhuma pessoa de bom senso vai querer colocar isso em risco”, ressaltou o prefeito.

A Carta Oeste/Toledo contra o Fracking será encaminhada para as bancadas do Paraná e ao Congresso Nacional.
Outras entidades representadas estavam a Ordem dos Advogados do Brasil, Sindicato Rural e Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Cooperativas.

 

Com informações e fotos da Secretaria de Comunicação Social de Toledo