fbpx

Volume de consultas ao SPC se mantém estável

12 de junho de 2020

De acordo com levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito da Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT), no primeiro quadrimestre de 2020, o volume de consultas realizadas junto ao SPC Brasil ficou praticamente estável em comparação ao mesmo período de 2019.

A evolução inicial demonstra que a estabilidade geral do quadrimestre está atrelada ao crescimento de consultas que vinha ocorrendo no início do ano. Conforme o levantamento, isso mostra o dinamismo do varejo local, embora tenha sido afetado diretamente no mês de março devido ao fechamento do comércio, imposto pelas medidas de combate ao coronavírus, gerando uma queda em torno de 7% no volume das consultas.

Já a quantidade de CPF e CNPJ inclusos no sistema apresentou pouca variação no período, aponta o relatório. A análise mostra que o número de negativações do início do ano é reflexo das compras do período natalino em 2019. Isso porque os comerciantes, em sua maioria, não fazem a inclusão da restrição no momento do primeiro atraso. “Cada lojista lida com isso de maneira muito particular, tentando a resolução do problema dentro da política de crédito e recuperação de ativos de sua empresa, para somente depois se utilizar do SPC para inclusão”, avalia o diretor de Produtos e Serviços, Cristiano Dall’Oglio da Rocha.

A avaliação do Departamento de SPC da ACIT é de que as alterações nas leis e regras vigentes, que tratam da inclusão de inadimplentes nos sistemas de proteção de crédito, poderão trazer uma distorção no sistema. Isso porque a exibição dos registros das dívidas passou, temporariamente, para 45 dias corridos a partir da data de postagem da notificação, enquanto o prazo anterior era em média de 13 dias. De forma geral, a medida visa dar mais tempo para os consumidores e empresas buscarem a renegociação ou o adiamento dos vencimentos de seus débitos junto aos credores

Em abril de 2020, o número de inadimplentes do Brasil cresceu 2,91% em relação ao mesmo período em 2019 e total de consumidores negativados chegou a 62,83 milhões, o equivalente a 40,01% da população adulta do país, de acordo com o índice divulgado pelo SPC Brasil.

Na avaliação do diretor de Produtos e Serviços, o momento é delicado. Os números variam analisando cada mês de forma individualizada, mas ainda não é possível perceber alteração significativa nos indicativos de crédito, o que se espera mais fortemente nos próximos meses.