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Palestra sobre Indústria 4.0 reforça tendência inevitável ao setor industrial

18 de maio de 2017

Inovação. Esta é a palavra-chave para definir Indústria 4.0, tema que tem ganhado destaque nos últimos anos, no cenário das grandes indústrias. Conhecida como 4° Revolução Industrial, este foi o foco da palestra de Ronald Martin Dauscha, presidente do Conselho Latino Américo de Inovação, Excelência e Qualidade (CLAEQ), durante evento que integra o Mês da Indústria, realizado na noite de quarta-feira (17).

O evento, promovido pela Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e Confederação Nacional das Indústrias (CNI), contou ainda com a participação do palestrante Marcelo Pinto, engenheiro eletrônico, com carreira dedicada à Excelência Operacional nas Indústrias, por meio de soluções de tecnologia da informação (TI) para Manufatura e Automação Industrial.

A temática Indústria 4.0 trouxe uma série de reflexões aos empresários do setor, colaboradores, estudantes e parceiros do evento, que juntos, somaram aproximadamente 400 pessoas no auditório da PUC-PR, campus Toledo. Dentre elas, a vantagem competitiva, agregada a evolução contínua da tecnologia, como a Internet das Coisas (IOT), que conecta objetos físicos, ambientes e máquinas à rede mundial de computadores, a fim de desenvolver a praticidade da cadeia produtiva.

A diretora de Indústria da Acit, Cleonice Malheiro, ressalta a importância de debater a temática, ainda muito recente no cenário brasileiro. “A Indústria 4.0 é um conceito que foi criado na Alemanha, em 2014, com o objetivo de otimizar a indústria, reduzir custos, tornando-a ainda mais competitiva. Para nós é uma satisfação debater a tônica, estamos sendo privilegiados em ter acesso ao conhecimento”, conta.

Outro ponto colocado em análise durante a palestra foi a modernização da mão de obra na Indústria 4.0, ou seja, a substituição de esforços manuais pela automatização, com uso de máquinas e robôs. Dessa forma, os profissionais deverão estar capacitados para cargos estratégicos, com competências voltadas às indústrias inteligentes.

A palestra contou com expressiva participação de acadêmicos, vistos como os futuros profissionais das indústrias 4.0. Cleonice Malheiro avalia de forma positiva o interesse dos estudantes. “Com a modernização, surgirão novas profissões e demandas nas empresas. Acredito que com todo o conteúdo repassado, surgiu uma nova forma de pensar a indústria, assim, eles começam a enxergar novas oportunidades em termos de qualificação, diferentes dos trabalhadores de hoje, que também devem se aperfeiçoar e analisar de forma positiva toda essa inovação e a importância de se ter uma indústria nesse patamar”, afirma.

Para o palestrante e presidente do Conselho Latino Américo de Inovação, Excelência e Qualidade (CLAEQ), Ronald Martin Dauscha, o momento é de adaptação nas indústrias de todo o mundo. “Não há como fugir ou evitar. Não poderá ser realizada uma pequena mudança, mas sim uma evolução radical e total. Com uma visão estratégica, é necessário realizá-la de forma antecipada, principalmente no Brasil, a fim de recuperar atrasos de décadas”, frisa.

Segundo Ronald Martin Dauscha, uma série de componentes formam a solução Indústria 4.0. “Entre tantos, a tecnologia como conexão direta em toda a empresa, incluindo chão de fábrica, cadeia de valor, atuação e reação. Conforme os dados coletados, são permitidos a interconexão, desde o fornecedor ao cliente final, ou seja, uma estratégia inovadora. Se combinados corretamente permitem a empresa dar um salto quântico em qualidade, produtividade, controle e eficiência. Toda uma solução otimizada nesse sentido”, afirma Dauscha.

Ele esclarece que o tema vem sendo trabalhado de forma expressiva em todo o país, porém ainda não há um esclarecimento total da parte dos empresários, de como de fato, investir na Indústria 4.0. “Vejo muitos eventos e palestras voltados ao assunto, em sua maioria apresentações técnicas, onde os industriais não conseguem visualizar como aproveitar o conteúdo. Procurei mostrar todos os eixos para se chegar rapidamente a solução, claro, na medida do possível, considerando a particularidade de cada investidor, dentro de sua realidade.”

O palestrante Marcelo Pinto, reforça que o mundo está caminhando para as plataformas digitais, principal item da modernização nas indústrias. “A tendência é em breve estarmos com todos os sensores conectados à internet, as tecnologias estão convergindo para conectar tudo nessa plataforma, com vários aplicativos à disposição. São tecnologias ao alcance de nossas mãos, como o primeiro grande passo para introduzir-se na nova era, que é conectar um software que liga os sistemas de gestão, o que de fato, é um caminho manjado e bastante conhecido, com baixo investimento, tendo em vista os altos retornos”, enfatiza. 

A palestra durou em torno de duas horas, com uma plateia intacta, do início ao término do evento, o que confirma o interesse ao tema, de grande relevância ao atual cenário das indústrias. Ao final, os participantes puderam fazer perguntas aos palestrantes; após, foi servido um coffe break.

O evento faz parte das comemorações do Mês da Indústria, lembrado em maio. No dia 10, foi realizada a palestra Modernização das Relações de Trabalho no Brasil, conduzida pelo diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente do Conselho de Relações do Trabalho na CNI, Alexandre Furlan.

As palestras gratuitas, recolheram ainda, doações de livros, os quais serão destinados para bibliotecas instaladas em Unidades Básicas de Saúde do Município de Toledo (UBS’s), por meio do projeto de responsabilidade social da Acit, em parceria com o Movimento Pessoas Melhores.

Para finalizar as comemorações do Mês da Indústria, no dia 24 de maio acontece um jantar voltado aos industriais. O evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Social da Indústria (Sesi), será no Recanto Verde.