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Movimento Brasil mostra sua garra mobiliza empresários do Oeste

21 de março de 2015

Cerca de 500 pessoas, entre empresários, dirigentes e lideranças das Associações Comerciais da região Oeste, filiadas à Caciopar, participaram do lançamento regional do movimento Brasil Mostra sua Garra, no Parque de Exposições de Cascavel, na manhã de sábado (21).

A Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit) foi representada por empresários, conselheiros e diretores, em caravana liderada pelo presidente Danilo Gass. Também participaram os ex-presidentes Edson Carollo, Mário Costenaro, Edésio Reichert, Hermes de Césaro e Ernesto Boettcher.

Mudar critérios na escolha de representantes e alterar a forma das eleições são alguns dos pontos que empresários do Oeste consideram mais urgente para começar a corrigir históricas e sérias distorções que causam tantos problemas no Brasil. A política é a mais urgente das reformas nacionais, afirmaram no sábado.

Dois pontos são considerados consensuais na reforma política: o fim da reeleição e a unificação dos pleitos eleitorais. O movimento terá novas etapas, passando a partir de agora pelo aprofundamento de aspectos importantes de reformas indispensáveis para o Brasil, diz o presidente da Caciopar, a Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná, Sergio Antonio Marcucci, que é de Marechal Cândido Rondon. "Vamos ouvir especialistas e estudiosos nos temas propostos e então definir o que é mais urgente".

O ex-presidente da Acit e coordenador da Indústria da Caciopar, Edson Carollo, fez a leitura de um documento que convidou os cerca de 500 presentes à reflexão. Ele fez apontamentos sobre a histórica relação da corrupção com as esferas do poder e os interesses que movem campanhas para deputados, governadores, senadores e presidente. O pleito mais recente custou R$ 5 bilhões, oito vezes mais do que os cerca de R$ 750 milhões de 12 anos atrás. Que tipos de vantagens movem somas tão expressivas e ainda com dividendos", perguntou Carollo.

A elevação da carga tributária também foi alvo dos pronunciamentos. Ela era de 16% na década de 1950, passou para 24% na de 1980 e hoje está na casa de 37% do Produto Interno Bruto. E essa soma gigantesca, que chega a R$ 2,5 trilhões por ano, parece não ser suficiente para oferecer educação, saúde e segurança pública de qualidade e muito menos para gerar oportunidades aos brasileiros.

"Não dá mais para ficar calado, o sistema facilita a má gestão, corrupção, levndo a uma séria crise política, moral e econômica. O governo toma medidas equivocadas, na contramão do desenvolvimento e os empresários, a população, afinal de contas, é está pagando a conta", argumenta o presidente da Acit, Danilo Gass.
Cinco eixos balizam os trabalhos do movimento: justiça, ética, respeito, transparência e responsabilidade. Outros aspectos que deverão ser aprofundados nas discussões da reforma política, são o voto distrital e o financiamento das campanhas eleitorais. Outras reformas foram citadas como urgentes como a administrativa, para diminuir e tornar mais eficiente a máquina pública, a tributária, para reduzir a carga de impostos, a previdenciária, para tornar critérios do setor mais justos, e a trabalhista, para melhorar as relações entre patrões e empregados.

O movimento sob liderança da Faciap conta com a participação de 12 coordenadorias no Estado, que representam 295 associações comerciais. No sábado também aconteceram movimentações nas demais ACE’s, como em Londrina, Maringá, Guarapuava, Ponta Grossa, entre outras.