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Bloco K é explicado à empresários e contadores em palestra na Acit

21 de setembro de 2015
 
Empresários dos mais diversos setores e profissionais que atuam na controladoria contábil, financeira e gestão de cursos participaram nesta segunda-feira (21) da palestra sobre o Bloco K/EFD Fiscal (ICMS e IPI). O evento teve por finalidade capacitar os participantes sobre a visão do atual cenário de Escrituração Fiscal Digital e explicar como as empresas devem atender as novas regras exigidas pela Receita Federal. 
 
A ação que aconteceu na Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit) foi viabilizada pela parceria entre o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescap) e  Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (Caciopar). A palestra também acontecerá nos municípios de  Cascavel, Marechal Cândido Rondon, Foz do Iguaçu e Medianeira. 
 
Na ocasião foram detalhadas as ações que os profissionais devem ter em seus sistemas para a entrega desses dados para não incorrer em penalidades. O contador e palestrante Lucio Tomaz informou que o envio do livro Registro de Controle da Produção e do Estoque, por meio do Bloco K, deve ter início a partir de 1º de janeiro de 2016, como parte do programa do Sped Fiscal, tendo impacto principalmente nas indústrias e atacadtistas, e por isso a importância do empresário ficar informado.
 
“Isso vai mudar a maneira que o empresário e o contador prestam informações sobre a produção. O que trouxemos é basicamente o que a legislação está pedindo, que é o controle de ordem da produção, processo de industrialização, bem como os produtos acabados”. Segundo Lucio, o que vai mudar é o controle mais restrito das movimentações. “O Fisco quer saber quais são os produtos e quais os insumos que compõem esse produto. Inclusive sucata, perda e demais. O Bloco K também controla data de entrada e saída da produção, então basicamente isso vai ter que estar justificado no estoque”, explicou. 
 
Para isso, devem ser registradas todas operações, com uma folha para cada espécie, marca, tipo e modelo de mercadoria. “Isso torna imprescindível para empresas uma ERP bem ampla, que forneça uma estrutura para registro dessas informações. Acredito que, ou o empresário se adequa, ou ele vai ter que fechar”, confirmou Lucio.
 
O Coordenador da Indútria na Caciopar, Edson Carollo, destacou a necessidade do empresário estar ciente das leis que estão surgindo e das modificações que estão acontecendo. “Percebemos a importância desse assunto e por isso estamos levando essa palestra aos empresários. O Bloco K vai mexer com a vida das indústrias, primeiramente as de regime tributário de lucro real e lucro presumido, a partir de 2016. E a partir de 2017 a lei também atingirá as demais indústrias, inclusive as micro e pequenas empresas e as enquadradas no Simples”, comentou. 
 
Carollo ainda afirmou que é importante chamar a atenção dos empresários, para que eles dispensem um tempo e que se aprofundem sobre as questões do Bloco K. “É uma normativa decidida e não haverá postergação do prazo. O empresário deve  levar a sério a questão, pois isso poderá comprometer a sobrevivência de cada empresa”, acrescendou. 
 
Mudanças 
 
Para o diretor do Sescap, Alceu Dal Bosco, geralmente as mudanças que acontecem ficam restritas aos escritórios de contabilidade, porém esta normativa do Bloco K depende muito do empresário, por isso, buscou-se trazer esse público para a palestra. “Trouxemos esse curso para que o empresário consiga visualizar as mudanças que deverão acontecer na sua empresa, se prepare e prepare sua equipe. Isso é necessário para que ele não terceirize a responsabilidade”, comentou. 
 
Alceu ainda acrescentou que é preciso ter cuidado para que as informações cheguem de forma consistente na Receita Federal, de modo que não prejudique a empresa. “As grandes empresas já estão se preparando e utilizando o Bloco K, por isso, a nossa preocupação é o pequeno empresário, para que ele conheça, se habitue com a situação e prepare seu sistema."
 
O supervisor administrativo da FM Pneus, Marcos Cavasini, esteve presente no evento e comentou que o assunto é bastante preocupante e que todas as empresas devem se preparar para as mudanças. “O grande complicador  é entrar nos detalhes mínimos do processo produtivo e informar para a Receita todos os processos do que é produzido”. Segundo Marcos, a empresa onde atua já está se movimentando para realizar as alterações. “Desde o início do ano já estamos fazendo algumas melhorias junto com o pessoal do sistema e realizamos testes para que no próximo ano estejamos preparados e atender a legislação. Por isso participamos dessas capacitações e eventos, buscando conhecimento para nos manter no mercado”, ressaltou. 
 
Já para o contador Ariel Fernando Strey, o Bloco K representa um grande avanço na questão do controle de produção. Na sua avaliação, a dificuldade será a adaptação das empresas ao sistema. “A partir do momento que isso também abranger as empresas do Simples Nacional e todos estiverem engajados, o benefício será grande. Porém, o problema é conseguir chegar nesse nível de informação e ter tudo organizado. Vamos trabalhar para que isso seja atingido da melhor forma possível”.