Para falar sobre a Nova Ferroeste, malha ferroviária que terá 1.285 quilômetros de extensão total e que vai ligar Maracaju (MS) a Paranaguá (PR), a Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT), recebeu representantes da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A, na terça-feira (14).
O objetivo foi apresentar às lideranças demandas da microrregião, que tem grande representatividade no agronegócio e almeja um terminal de embarque ferroviário local.
Participaram do encontro, o presidente da Ferroeste, André Luiz Gonçalves, o diretor de Produção, Gerson Fabiano Almeida e o assessor do Núcleo Regional da Casa Civil de Toledo, Matheus Maurício Ramos. Eles foram recepcionados pelo presidente da Acit, Claudenir Machado e membros da diretoria executiva.
Na ocasião o grupo falou sobre os atuais estudos em torno das áreas econômicas, técnicas e ambientais, para que haja a concessão do projeto à iniciativa privada, em leilão na Bolsa de Valores, até novembro de 2021 e a partir disso, o início da construção da nova malha ferroviária.
O presidente da Ferroeste, André Luiz Gonçalves ressalta que a vinda à Acit é uma forma de firmar compromisso para que todas as oportunidades da região sejam inseridas no estudo de demanda. “O material irá em mãos ao vencedor da concessão e a partir daí o operador poderá visualizar os dados e decidir de que forma irá realizar o traçado.”
Segundo o presidente da Acit, Claudenir Machado, é papel da entidade estar envolvida nas discussões, tendo em vista o impacto econômico que o modal ferroviário pode gerar à região. “Há estudos que dizem que o transporte ferroviário chega a ser 30% mais barato que o transporte rodoviário tradicional. Temos foco no agro e em toda a cadeia produtiva, por conta disso Toledo anseia pelo avanço, que é uma luta de longos anos.”
O presidente comenta que todas as tratativas em torno do assunto serão acompanhadas de perto pela Acit. “Em breve haverá um estudo em nossa região e até lá estaremos munidos de todas as informações que mostrem a relevância e a viabilidade econômica de instalação de um terminal ferroviário para benefício de toda a região. O presidente da Ferroeste deixou muito aberto essa questão, apesar do projeto ser do governo estadual, a sociedade organizada pode contribuir, principalmente com evidências positivas sobre a região”, conclui Claudenir Machado.